Cuito - O administrador municipal do Cuito, província do Bié, Avis Agostinho Vieira, mostrou-se hoje, quarta-feira, preocupado pelo facto de estarem a surgir na região novas aldeias e novos sobas, motivados por conflitos familiares e outros desentendimentos nas comunidades.
O responsável prestou estas declarações à Angop, no quadro de encontros com as comunidades, essencialmente com as entidades tradicionais da sua área de jurisdição, para auscultar os principais problemas que os afligem e para abordar questões relacionadas com o processo das Autarquias.
Disse existirem elementos que, depois de brigarem entre famílias, arrumam os seus pertences, sobretudo quando são acusadas de práticas de feitiçaria, fogem para uma área que acharem segura e começam nova vida, elegendo, no entanto, a pessoa mais velha como representante do grupo, este por sua vez intitula-se soba da povoação.
Esta situação, revelou, por sinal fora do controlo do governo provincial, acontece em muitos municípios da região, salientando que, por não estarem cadastrados, não recebem subsídios.
Avis Agostinho Vieira confirmou estarem nestas condições 89 cidadãos, admitindo terem comunicado 'às entidades de direito para o devido tratamento, tendo solicitado ainda para se por cobro à situação, com a criação de um projecto que regula o exercício das autoridades tradicionais.
Entretanto, o município do Cuito, controla 337 autoridades tradicionais legais, distribuídos em cinco comunas, nomeadamente a sede do Cuito, Cunje, Trumba, Cambandua e Chicala.
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